Segundo álbum da britânica
Adele após sua estréia com o disco
19. Ambos os nomes retratando sua idade à época dos lançamentos.
21 foi para o topo dos mais vendidos na
iTunes Store dias depois de disponível. Não é única cantora do gênero garota-branca-com-vozeirão-e-feeling-black, mas a moça merece destaque.
Neste segundo disco,
Adele esbanja talento, principalmente, emoção, flertando com soul, jazz, blues, country, gospel... O que mais me impressiona é a potência vocal, dona de uma emissão respeitável, sabe usar isso muito bem a seu favor, sem soar exagerado ou exibicionista em momento algum. Ouça a primeira faixa, a excelente
Rolling In the Deep para ser fisgado de pronto!
Em seguida,
Rumor Has It tem uma levada mais sexy, num soul bem percussivo.
Turning Tables é a primeira das baladas, onde a voz de
Adele fica totalmente exposta ao escrutínio, dando para perceber em calculadas modulações toda a emoção que coloca nas interpretações.
Don’t You Remember e a fantástica
Set Fire To the Rain são baladas com b maiúsculo com ares levemente mais pop que poderiam ganhar as rádios.
He Won’t Go exibe umas “imperfeições” na voz da cantora que a tornam ainda mais humana... A garota realmente sabe usar toda sua técnica e extensão vocal.
Take It All é o ponto mais emocional do disco com quase todas as características já citadas. Essa é pra fechar o olho e prestar atenção a todos os matizes de sua bela voz e sensibilidade. Após essa viagem, somos levados para a animada
I’ll Be Waiting, soul de primeira no maior estilo
Aretha Franklin, com guitarra, metais, backings, tudo para agradar a rainha!
One and Lonely mantém a tradição em outra grande balada com grande arranjo vocal e instrumental. Daí pra frente o disco perde um pouco da força. A introspectiva
Lovesong é cover do
The Cure, do disco
Disintegration que não é fenomenal, mas é competente em sua proposta.
Someone Like You é uma dor de cotovelo que força demais o limite dos agudos de
Adele em alguns trechos em uma boa performance, mas com esta pequena ressalva acaba sendo a mais fraca do disco.
Um par de acústicas
If It Hadn’t Been For Love e a bela
Hiding My Heart levam à conclusão com
I Found A Boy que é boa, mas eu escolheria outra faixa para concluir o álbum.
21 é em sua maioria um disco lento que demonstra bem o lado apaixonado, romântico, triste de
Adele e nos momentos mais animados, usa sua biblioteca soul com grande competência e sensualidade provando ser uma cantora de muito bom gosto e talento que escreve seu nome na lista das grandes da atualidade.
Ouça a faixa Rolling In the Deep :
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