Pode-se dizer que o grupo californiano The Airborne Toxic Event nasceu de uma sequência de eventos ruins na vida do líder Mikel Jollet. Em uma mesma semana de 2006, levou um pé da namorada, sua mãe foi diagnosticada com câncer e ele mesmo, com vitiligo. Sua válvula de escape foi compor e, em 2008, lançaram seu álbum de estreia que obteve um sucesso inesperado com sua junção de vocais emocionados, letras inspiradas e suporte orquestral. Naturalmente, muitas expectativas para este trabalho, produzido por Dave Sardy, que tem Oasis no currículo.
Altos e baixos neste segundo fruto. O disco começa muitíssimo bem com as guitarras inspiradas em The Edge no climão de All At Once e a sonoridade fuzzy de Numb. Temos de bom ainda a divertida It Doesn’t Mean a Thing, o refrão grudento de Welcome To Your Wedding Day e a auto inspirada Half of Something Else. De ruim, b é divertidinha, mas não chega a empolgar, The Kids Are Read To Die e All For a Woman escancaram a influência em Bruce Springsteen, mas soam desanimadas mais do que inspiradas. All I Ever Wanted tem arranjo de cordas empolgadas, mas a melodia apenas regular deixa a faixa com um pé no lado fraco e o encerramento com The Graveyard Near the House é bacaninha, mas usa umas frases de efeito para tentar impactar.
Com todas essas faixas misturadas pelo disco, o resultado final da audição é um pouco decepcionante e monótono. Quando a banda acerta, faz com qualidade, sem dúvida, mas ao tirar os arranjos, as letras e interpretações verdadeiramente inspiradas da época dos problemas que perturbaram Jollet e que ajudaram a tornar o The Airborne Toxic Event o que é, ficou evidente que o quinteto americano é um grupo instrumentalmente apenas regular, soando emocionalmente artificial, o que sacrificou o resultado final do trabalho.
NOTA DO LUKITA:
Ouça a faixa All At Once:
Ouça a faixa Numb:
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