19 maio 2011

The Script: Science and Faith [2011]


Segundo album da banda irlandesa The Script, que sentiu a fama de modo muito maior do que esperava em 2008, emplacando dois singles no Top 20 britânico, um primeiro lugar com seu álbum homônimo de estréia e ainda o convite de Sir Paul McCartney para excursionar no braço americano da turnê do cavaleiro!

Mas o que fazer para sustentar o sucesso em um próximo álbum? No caso do trio de Dublin a resposta é simples: manter a receita! Rock bonzinho com jeitão pop, com refrões poderosos e emocionados, letras com temas certeiros, tais como relacionamentos, seja começo, rompimento ou fazer as pazes, retomar a vida e, desta vez, até desemprego! É um caso de amor ou ódio ao estilo! Não tenho problemas em admitir que gosto do tema, afinal, se fosse ter preconceito com artistas que pregam as aventuras e infortúnios do coração apaixonado precisaria tirar de meu catálogo nomes desde Frederick Chopin até mais da metade da carreira dos Beatles!

A fórmula funciona muito bem na primeira parte do álbum. A cavalheiresca com climão U2, You Won’t Feel a Thing, o excelente single For the First Time que ganha mais drama ao tratar do amor como suporte para um casal desempregado e as dificuldades derivadas disso, Nothing, que será a música de rompimento para muitos casais e já até imagino as cenas de séries de TV usando-a, e Science and Faith, que prega a impossibilidade de explicar tudo, leia-se o amor, pela ciência, numa levada que tem tudo para emplacar também, mostram a competência da banda em sua proposta!

O problema do álbum está no fato de as quatro primeiras canções serem as melhores e mesmo com alguns senões, como as breves e chatíssimas incursões rap de Danny O’Donoghue em algumas faixas, são muito agradáveis e com aqueles refrões grudentos! Mas a partir daí a repetição no estilo, temática e sonoridade acaba prejudicando a audição na íntegra. E apesar de outros bons momentos, como vistos em Dead Man Walking, Long Gone and Moved On e This=Love, fica uma leve sensação de repetição que incomoda um pouco!

Obviamente a recepção do ouvinte comum ao álbum dependerá do estado emocional dele no momento, sendo o nível de satisfação musical inversamente proporcional ao nível de satisfação amorosa.  Muito matemático? Não é minha culpa. Ao apostar na fórmula acima, o The Script correu o risco de sustentar a totalidade do álbum na qualidade da produção e nos temas e musicalidade fáceis! Ou se você estiver amando  perdidamente, como é o caso deste humilde crítico, pode ficar mais suscetível e fácil a este tipo de som, admito! No balanço final é um trabalho sem muita pretensão, mas agradável, sim! Se acertou algumas vezes e errou outras, é normal, afinal, o The Script não é Chopin, nem os Beatles!

NOTA DO LUKITA:

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