17 maio 2011

Fleet Foxes: Helplessness Blues [2011]


Quando me propus a escrever críticas musicais e indicar discos para meus amigos e leitores, fui agraciado com algumas surpresas. Não tinha escutado o disco de estréia do grupo Fleet Foxes, então quando ouvi os primeiros instantes deste segundo trabalho, o choque inicial foi grande, pois percebi estar diante de um trabalho muito além da quase totalidade do que se acha disponível por aí!

O clima folk barroco do sexteto de Seattle é uma viagem musical introspectiva que, mesmo citando referências à Van Morrison, The Byrds ou Simon & Garfunkel, soa diferente e salutarmente inovadora! Uma obra para ser apreciada em uma audição atenta, daquelas que você, se tiver a minha idade, fazia anos atrás ao deitar no quarto e apagar a luz, concentrando-se apenas na música.
É o mínimo que podemos fazer para compensar o esforço de um disco que foi planejado, calculado e harmonizado no nível das minúcias! Tendo o cuidado de ter sido inteiramente regravado ano passado, pois o grupo não estava satisfeito com o resultado. E regravar o tipo de som que fazem com a preocupação pela qualidade que demonstram não é tarefa fácil! Tal obsessão custou até um relacionamento de anos do líder Robin Pecknold!

Em uma obra de qualidade tão uniforme, é injusto destacar momentos mágicos em especial. Nos primeiros segundos de Montezuma, o violão acústico e a voz angelical de Pecknold são uma faxina na nossa sujeira musical acumulada de anos e ao entrar as perfeitas harmonias vocais do resto de grupo, faz parecer que estamos em um mosteiro diferente, onde os monges cantam folk dos anos 60! No início folk tribal sem letras de The Plains / Bitter Dancing, nas mudanças de clima e na letra fantástica de The Shrine / An Argument, na humildemente bela homenagem a Bob DylanLorelai ou na simplicidade acústica da faixa título, Helplessness Blues, percebemos todo o carinho com que o grupo encara seu trabalho! 

Um álbum fruto do esforço, perseverança, dedicação e competência. Um verdadeiro achado musical que deve ser saboreado aos poucos e constantemente!

NOTA DO LUKITA:

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