Desde 2004, a banda canadense The Dears vem tentando alcançar o sucesso obtido com o álbum No Cities Left de 2004. Após isso, o grupo veio a ruir após Missiles de 2008 com a separação quase completa. Este Degeneration Street é o trabalho de retorno do grupo, apesar de um novo baterista. É um ato de tudo ao nada, uma aposta incerta do que será o futuro da banda.
Esse senso de responsabilidade é sentido já na primeira faixa, Omega Dog, que se começa despretensiosa com um falsete metido a sexy de Murray Lightburn ganhe ares mais épicos após a metade.
Aliás, clima épico é o tema que permeia este álbum. The Dears é conhecido pelas apresentações monumentais, de proporções bíblicas e essa megalomania surge em doses variáveis em Blood, 1854 e Lamentation, um pedido de clemência com direito a oboé, cravo e cordas e na dose máxima permitida pelo Ministério da Saúde na absurdamente boa Galactic Tides, que, do nada, vai crescendo em instrumentação até um clímax bem setentista em uma espécie de momento David Bowie encontra Pink Floyd!
Mas esta não é a única cartada do grupo. 5 Chords tem um clima pop anos 80, enquanto, Thrones, Stick With Me Kid, Tiny Man, Easy Suffering e Unsung passeiam por referências pop/rock dos anos 60 até os 90. Os vocais de Lightburn variam dos falsetes, passando pelo estilo crooner e pela gritaria punk o que aliados às letras muitas vezes com intenção religiosa ajudam ainda mais a caracterizar o clima grandioso do álbum.
Degeneration Street mostrou ser uma sólida volta dos canadenses. Os arranjos densos e variados, as melodias, vocais e letras transmitem, várias vezes, que este é um álbum buscando redenção, buscando a própria afirmação da unidade do grupo. Podem descansar em paz, irmãos, sua salvação está garantida!
NOTA DO LUKITA:
Ouça a faixa 5 Chords :
Ouça a faixa Thrones:
Ouça a faixa Galactic Tides:
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