11 abril 2011

Foo Fighters: Wasting Light [2011]


Obviamente que quando um silêncio de quatro anos de um grupo que disputa o título de banda mais querida dos Estados Unidos, que dizima 110 mil ingressos em instantes, que faturou seis Grammys em quatro álbuns, sendo três de Melhor Álbum de Rock é quebrado, as expectativas são altas. E o sétimo lançamento de estúdio do Foo Fighters superou minhas expectativas.

Por ser uma das maiores bandas do mundo, do tipo que emplaca hits nas rádios com seu estilo de rock moldado para isso, o Foo Fighters tem pontos fortes e fracos. No lado positivo, é uma banda que você sabe que não decepcionará, faz um som competente, muito bem produzido e acabado, melódico. Pode levar sua irmãzinha no show com você! No lado negativo, você não ouve um novo álbum deles esperando inovações ou sequer um passo a frente. Wasting Light afirmou o lado positivo do grupo e trabalhou no negativo!

O fato do álbum ser produzido por Butch Vig, mesmo produtor de Nevermind do Nirvana, acrescentou uma pegada levemente mais pesada que o usual do grupo. Já se sabia, por exemplo, antes do lançamento, que não haveria sequer um violão nas gravações. Fato evidente desta atitude são os primeiros segundos do disco, com um pesado riff de guitarra em Bridge Burning, mas que oscila rapidamente para um refrão mais pop, ficando nessa dicotomia não apenas na faixa, mas no disco inteiro, desta vez, porém, tendendo muito mais para o lado rock. Dear Rosemary, um dueto com Bob Mould do Hüsker Dü, apesar de ser mais lenta, tem um clima rock clássico e glam numa faixa perfeitamente executada!

White Limo é um metal com vocal distorcido que faz todo mundo errar que esta é uma música do Foo Fighters, apesar do estilo melódico do refrão! Foi o meu momento "uau" do disco! These Days é no melhor estilo soft-hard e permite exibir as peculiaridades do grupo como os refrões cheios de paixão e o estilo cantar e surtar de Dave Grohl, mas soou extremamente agradável após a primeira metade tão competente. A Matter Of Time usa da mesma fórmula típica anterior, mas muito bem acabada, em mais uma faixa agradável! Miss the Misery não acrescenta nada além do que foi ouvido, nem mesmo no quesito diversão. I Should Have Know tem um recado que pode servir tanto para um relacionamento que não deu certo ou quem sabe para algum certo amigo do passado, já que foi usada no documentário da banda Back and Forth ao tratar de Kurt Cobain. Logo em seguida o disco encerra com Walk um hino de otimismo que culmina nos gritos de "I never wanna die, I never wanna die, I'm on my knees, I never wanna die" que realmente causa um certo impacto e conclui muito bem a obra!

Wasting Light é o melhor equilíbrio entre um rock mais cru que a banda tanto tem disponível em sua biblioteca musical com a competência da arte da composição exercitada nos últimos trabalhos. Não é uma inovação em sua sonoridade, mas um aprimoramento de tudo que o Foo Fighters apresentou até agora nos seus 16 anos de carreira!   

NOTA DO LUKITA:

Ouça a faixa Bridge Burning:


Ouça a faixa White Limo:


Ouça a faixa Walk:


Esse review pode ser lido também no Vitrola Velha! Clique no banner abaixo para conhecer:

Nenhum comentário: